Dia 20 de dezembro foi meu aniversário, completei 42 anos.
Quando eu era pequena, detestava fazer aniversário perto do Natal, não só pelo “presente combinado”, mas porque era férias e eu nunca podia fazer festinha na escola e sempre tinha que comemorar antes ou depois.
Mas agora eu acho bem legal. Primeiro porque eu já não me preocupo (tanto) com presentes, mas principalmente porque eu acredito que o aniversário seja o início de um novo ciclo e eu acho muito conveniente que o meu ciclo se inicie bem perto do início de outro grande ciclo que é o ano novo.
Essa semana eu fui escolher um presente para a Lara. Infelizmente não poderei dar o que ela quer, uma vaca. Mas fui bisbilhiotar na sessão de brinquedos do supermercado e vi muitas versões atualizadas de brinquedos que já existiam, mas a maior parte dos brinquedos agora é eletrônico. Tudo tem pilha ou bateria, se mexe, faz barulho, canta, dança, chora, brilha… o que aconteceu com brincar de escola ou de escritório?
Mas olhando todos esses brinquedos eu fiquei meio nostálgica e comecei a pensar nos meus aniversários e natais da infância e decidi compartilhar com vocês quais eram os meus brinquedos favoritos, junto com algumas memórias que eles me trazem.
Já vou começar trazendo uma mágoa antiga, talvez a mais antiga que eu tenha. Quando eu tinha uns 6 anos e meu irmão uns 3, eu ganhei um brilho labial. Desses de criança, sem cor nem nada, só tinha um cheirinho de morango. Mas um dia encontrei ele quebrado. Fiquei muito chateada e descobri que o meu irmão tinha quebrado o meu brilho!!! Ele quebrou o primeiro item que era só meu, de uso pessoal. Desde então venho tentando perdoá-lo, mas é muito difícil.
E por falar em brilho, quem já teve os brilhos em forma de fruta? Eu tive o de morango e o de uva!

Outro brinquedo ao qual eu era muito apegada, nessa mesma época do brilho quebrado, era o meu ursinho carinho rosa, amava!

Também ainda pequena, eu lembro que eu tive meu primeiro, e favorito, álbum de figurinhas, o Amar é… E ele não vinha só com figurinhas, também tinha cartõezinhos para dar para os amigos.
Pensando bem agora, era um casal pelado se abraçando em todas as fotos, mas enfim, anos 80…

E claro, como quase todas as meninas da minha geração (e alguns meninos também), eu colecionava papéis de carta. Passava horas organizando minhas pastas, separando por coleção, descobrindo quais faltavam para poder trocar na escola.
Eu lembro que uma vez eu fiquei bem doente, não lembro o que era, mas eu tinha que tomar injeção todo dia, então toda vez depois da injeção minha mãe me levava numa papelaria pra eu escolher um presente e eu sempre escolhia um pacotinho de papel carta, era demais… e o melhor é que eu nem lembro das injeções, mas lembro muito da papelaria e dos papéis de carta.

Ainda no tema coleções, eu também gostava de colecionar os io-ios da coca-cola. Eu acho que nem tomava refrigerante, mas adorava fazer essa coleção.

Pausa para dizer que eu tô completamente perdida na linha do tempo, não sei o que veio antes e o que veio depois. O que me vem à cabeça é o lugar onde eu brincava com essas coisas, como eu morei em muitas casas, eu lembro em que casa eu brincava com o quê, mas não estou seguindo nenhuma ordem cronológica.
Eu tive uma fase de gostar de miniaturas também, lembro que eu tinha essa cozinha que eu adorava. Meus pais nunca me deram o resto da casa, mas eu ia na casa das minhas amigas, cada uma levava o seu cômodo e a gente acabava formando a casa toda. Me deu até nó na garganta agora de lembrar dessa mini frigideira pendurada e do forninho com a forma de um peixe no meio.

Essa abaixo é outra coleção de miniaturas que eu amava apesar de meio esquisita. Eu não lembro exatamente o que era e de onde vinha, mas eu adorava essas pecinhas, se alguém lembrar por favor me fala!
Pensando agora, eu acho que eu não tinha essas miniaturas, quem tinha era uma vizinha minha, a Tata, e eu ia na casa dela pra gente brincar, ela tinha muitas.

Já um pouco mais velha eu ganhei um dos presentes que até hoje é dos meus preferidos, um pogobol.
E eu andava com esse pogobol para cima e para baixo, dentro e fora de casa, derrubava algumas coisas pelo caminho, mas naquela época isso não era uma preocupação para mim.

De joguinhos eu gostava de vários. Tinha o cara a cara, pula pirata, quebra gelo, etc. Mas o meu favorito era o boca rica. E ele era meio sem sentido, porque você tinha que por as moedinhas no buraco e perdia quem fosse o último a colocar a moedinha antes de ele abrir a boca, era isso.

Claro que eu também tive minha fase Barbie. Lembro exatamente do Natal em que eu ganhei essa banheira da Barbie que fazia até espuma, era um negócio muito doido na época, eu brinquei bastante com ela, minha Barbie era a mais limpa da região.

Na fase de video games, eu tinha um Master System e gostava de basicamente 3 jogos: Alex Kid Miracle World, o de atirar nos patinhos e o Moonwalker (que era o do Michael Jackson).



Já quase no final, mas não menos importante, está a minha vitrolinha amarela, que eu amava com todas as forças. Colocava ela num quartinho e dançava ao som das Paquitas (meu disco favorito) como se não houvesse amanhã.


E para finalizar, a sessão papelaria.
Essa mola não sei se pode ser considerada papelaria, mas todo mundo já teve uma e já chorou porque ela se enrolou de um jeito que não dava mais pra arrumar.

E as minhas duas coisas favoritas, a caneta de 10 cores e a lapiseria que trocava a ponta e que não dava mais pra usar quando você, invariavelmente, perdia uma das pecinhas.


Naquela época, além dos brinquedos, eu gostava de muitas brincadeiras que não exigiam muitos recursos, tipo stop. E tinha uma outra que vc colocava 3 carros, 3 cidades, 3 meninos e não sei mais o que, aí você escolhia a idade que você queria casar (a minha sempre era 24 anos) e fazia a contagem pra ver qual carro você teria, com que menino iria ficar e assim vai… spoiler alert, não deu certo.
Tinha uma outra brincadeira que eu gostava muito, mas exigia mais gente. Ficava cada um num quarto e a gente não podia se encontrar nem se falar, só podíamos mandar bilhetinhos por baixo da porta. Nem sei qual era o objetivo final, talvez nenhum, mas ficávamos horas fazendo isso.
Tem muito mais coisas para contar, felizmente eu tive uma infância muito feliz, nunca me faltou nada e seu sempre tive bons amigos com quem compartilhar tudo. Mas vou sair de fininho pra dar uma choradinha nostálgica ali no canto. Minha vida agora é ótima, mas sempre dá um aperto no coração lembrar desse tempo tão bom que, obviamente, não volta mais.
Sim, falei como a tiazona que agora eu sou.
Eu tinha esse Boca Rica! Adorava brincar com ele! hahahahahaha
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Era demais!
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Fiquei também nostálgica com o texto, lembranças e vendo os brinquedos que eu tive. Os da miniatura (sem ser a cozinha) eu também tive, e já nem me lembrava! Boca Rica, Barbie, Ursinhos Carinhosos… acho que das suas memórias só não tive a cozinha (será que por isso não aprendi a cozinhar ahahaha?).
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Eu tive e tb não aprendi 👀… 😘
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